Autoestima em dias difíceis: 6 passos para se cuidar mesmo quando tudo parece dar errado
Tem dias que a vida simplesmente pesa. Nada parece fazer sentido, os pensamentos se embaralham e a vontade é de se esconder do mundo. É nesses momentos que mais precisamos de gentileza, especialmente com nós mesmos. Mas como ter autoestima em dias difíceis, quando tudo parece dar errado?
Antes de qualquer passo prático, é importante lembrar que sentir-se mal em alguns momentos é parte natural da experiência humana. Você não está sozinho ou sozinha nisso. E é justamente nesses períodos que o fortalecimento da autoestima pode fazer uma diferença real.
A seguir, você vai encontrar seis passos possíveis e acolhedores para cuidar de si mesmo com respeito e presença, mesmo nos dias mais nublados.
1. Permita-se sentir sem se julgar
Em momentos difíceis, a primeira reação costuma ser o julgamento. Por que estou assim? O que há de errado comigo? Mas o caminho do acolhimento começa com a permissão de sentir o que está presente.
Tristeza, raiva, desânimo ou cansaço são emoções legítimas e fazem parte da vida. Validar seus sentimentos sem tentar apagá-los ou negá-los já é um ato profundo de amor-próprio.
2. Diminua a exigência e abrace o possível
A autoestima em dias difíceis não vem da perfeição, e sim da capacidade de se respeitar dentro dos próprios limites. Em vez de tentar dar conta de tudo, foque no essencial. Pode ser arrumar a cama, tomar um banho mais longo ou preparar uma refeição simples.
Quando você reduz a pressão e celebra pequenos gestos, fortalece a relação consigo e reforça a ideia de que se cuidar é possível mesmo com pouca energia.
3. Converse consigo com mais compaixão
Se alguém que você ama estivesse passando por um dia ruim, você provavelmente seria compreensivo, diria palavras acolhedoras e daria apoio. Agora pense: como tem falado com você nesses momentos?
A forma como você se trata nas horas difíceis diz muito sobre sua autoestima. Comece a reparar na sua autoconversa e experimente trocar a autocrítica por frases acolhedoras. Isso não é ilusão, é cuidado emocional.
4. Reconecte-se com o corpo, mesmo que por poucos minutos
O corpo fala, sente, guarda memórias e emoções. Em momentos de dor emocional, movimentar o corpo com leveza pode ajudar a desbloquear sentimentos e trazer mais clareza.
Não precisa ser uma atividade intensa. Uma caminhada curta, alongamentos simples ou até uma dança no quarto podem ser o suficiente para reconectar você com o momento presente e com sua própria força.
5. Lembre-se de quem você é além da dor
É fácil esquecer da nossa força nos momentos em que estamos frágeis. Por isso, um exercício valioso é listar memórias de superação, qualidades pessoais e pequenas conquistas.
Olhar para a própria trajetória com honestidade pode trazer à tona lembranças de resiliência que reforçam o quanto você já enfrentou desafios antes. Isso não nega a dor do presente, mas fortalece sua identidade além dela.
6. Peça ajuda quando precisar
Cuidar da autoestima não significa fazer tudo sozinho. Ao contrário, reconhecer que precisamos de apoio é um sinal de inteligência emocional. Pode ser uma conversa com um amigo, um tempo de silêncio ao lado de alguém querido ou até procurar ajuda profissional. Compartilhar o que você sente pode aliviar o peso e abrir espaço para novas possibilidades de cuidado.
Autoestima também é aceitar os dias difíceis
É importante lembrar que autoestima não é um estado fixo. Ela oscila, muda com as fases da vida, e tudo bem se ela não estiver no seu melhor hoje. Ter consciência de que é possível cultivar essa autoestima, mesmo aos poucos, é o que abre caminho para mudanças reais e sustentáveis.
Além disso, vale reforçar que autoestima não se resume à aparência ou ao sucesso profissional. Ela está profundamente ligada ao modo como nos tratamos, como reconhecemos nossos valores internos e como lidamos com nossas falhas e vulnerabilidades.
Não existe fórmula mágica. Cada pessoa vai encontrar um caminho próprio, mas alguns princípios universais, como a prática da autocompaixão, o respeito aos próprios limites e o exercício da presença, podem ser grandes aliados nessa jornada.
Você não precisa estar bem o tempo todo para ser digno ou digna de amor. A autoestima verdadeira é aquela que abraça a imperfeição e escolhe continuar mesmo nos dias mais desafiadores.
Talvez hoje não seja um dia bom. Mas isso não define quem você é. E o simples fato de estar aqui, buscando caminhos mais saudáveis para se cuidar, já é motivo de reconhecimento e respeito. Você merece se tratar com carinho, todos os dias, principalmente nos mais difíceis.
Para continuar refletindo sobre autoestima com leveza e profundidade, te convido a ler outros artigos do Como ter Autoestima. Um bom começo pode ser o texto Espelho, espelho meu: como melhorar a autoestima com autocompaixão, que mostra como o autocuidado emocional pode transformar a sua relação com você mesmo(a).
Você também pode gostar de 5 sinais de que sua autoestima está baixa (e como reverter isso), que ajuda a identificar padrões e oferece caminhos reais para cultivar um olhar mais amoroso sobre si.